Amigo,
Como um laço suave de irmão, toma minha mão e vem comigo
Vamos semear mais flores, plantar gardênias,
expandir sementes pelos campos
Abrandar as raízes que correm por dentro da terra
E então, quem sabe, alguém e tantos atravessar
muitas relvas de açucenas
Vamos debruçar o olhar nas águas delicadas dos rios
Os pinheiros flutuantes, destemidos
E resguardar cada movimento como música e silêncio
Vamos seguir por caminhos abertos à vigília e escuta
Atentar para o pranto do amigo desconhecido
Acolher pensamentos mergulhados no deserto esquecido
E resgatar corações feridos, debruçados no esmo da solidão
O tempo logo se vai
Mas ainda há sonhos em semblantes vazios
Ainda há mãos que aguardam afagos
Ainda há doçura em olhos que esperam
Ainda há esperanças em lágrimas incontidas
Ainda há uma direção entre caminhos cinzentos
O tempo logo se vai
Mas quando o amanhecer da vida chegar, ainda tempo haverá
De amoldar os braços de afetos e com abraços completos
Lançar pelo caminhar pertinaz, sem trégua e sem temor
As sementes que nivelam vidas e conduzem
a essência sublime do amor.
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