Certa palavra delituosa foi projetada ao mundo por uma boca leviana e, em breves dias, desse quase imperceptível fermento de incompreensão, nasceu vasta epidemia de maledicência.
Da maledicência surgiram apontamentos ingratos, estabelecendo grande infestação de calúnia.
Da calúnia apareceram observações impróprias, gerando discórdia, perturbação, desânimo e enfermidade.
De semelhantes desequilíbrios, emergiram conflitos e desvarios, criando aflição e ruína, guerra e morte.
Meus irmãos, para o médico desencarnado o verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
A palavra deprimente é sarna invisível, complicando os problemas, enegrecendo o destino, retardando o progresso, desfazendo a paz, golpeando a fé e anulando a alegria.
Se buscamos no mundo selecionar alimentos sadios, na segurança e aprumo do corpo, é indispensável escolher conversações edificantes, capazes de preservar a beleza e a harmonia de nossas almas.
Bocas reunidas na exaltação do mal assemelham-se a caixotes de lixo, vazando bacilos de delinqüência e desagregação espiritual.
Atendamos ao silêncio, onde não seja possível o concurso fraterno.
Disse o profeta que «a palavra dita a seu tempo é como maçã de ouro em cesto de prata».
No entanto, só o amor e a humildade conseguem produzir esse milagre de luz.
Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação da nossa vida com o seu Evangelho Redentor.
Busquemos sentir com Jesus.
Não nos esqueçamos de que a língua fala com os homens e de que o coração fala com Deus.
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