domingo, 29 de junho de 2008

FALANDO EM CONVIVENCIA

Para falarmos em convivência, sempre temos que ter presente que, como o próprio nome indica, é uma vivência com mais alguém. Vamos tentar entender como pode ser prazerosa ou não, a convivência com aquelas pessoas que poderão estar conosco por toda uma vida, ou não, sempre dependendo da maneira como encararmos o sentido de vida em comum.



Existe o conhecimento, existe a atração inicial. Começa o namoro, que é uma fase linda e gostosa, sempre queremos agradar, e é geralmente quando os desejos são ordens. Encontros são marcados. Ele sempre se apresenta arrumado, ela também se enfeita, caprichando no visual para os encontros. Ninguém quer decepcionar ninguém. É a “mulher dos meus sonhos”. É o “homem de minha vida”. Sempre nos amaremos. É o que sempre dizemos, procurando sempre agradar nossa parceria, muitas vezes modificando hábitos que temos arraigados, apenas para não causar decepções.



Onde você quer ir, meu bem? Ah! Você é quem sabe... onde você quiser..." É o que mais escuta. Não existe uma sinceridade absoluta. Claro, temos que mostrar como somos cordatos, como nossa vida poderá ser um eterno paraíso, como nos entendemos, e quantas afinidades temos, mas se temos realmente, apenas o futuro o dirá.



Sempre procurando agradarmo-nos mutuamente. Um casal perfeito, é o que todos dizem. “Como eles se entendem bem”, é o consenso geral. Assim é todo inicio de relacionamento, onde dificilmente existe aquele diálogo franco e honesto, onde muitas dúvidas que posteriormente surgirão, poderiam ser dirimidas. E como podem ser daninhas.



Passo seguinte, casamento. Festa. Lua de Mel. Primeiros tempos, sempre aquele mar de rosas, continuação do namoro, dos desejos satisfeitos, das vontades solicitadas, dos dengos, dos carinhos. Mas já aqui começam a aparecer as primeiras divergências, quando certas vontades já começam a ser quase que impostas, enfim, as primeiras arestas a serem aparadas, e é aí que a porca começa a torcer o rabo, começando o amor a provar-se e a provar a que veio. Nessa fase, é que se torna necessária uma boa conversa, para trocar opiniões, para analisar certas divergências de pensamento, antes que elas se desenvolvam, ainda está em tempo para se usar duas coisas fundamentais, que são, sinceridade e diálogo, além do respeito mútuo.



Aliás, desde o início é necessário que se conheçam as respectivas personalidades. Seria a coisa certa a ser feita, ao invés de só procurar agradar um ao outro. Um diálogo franco e honesto deve ser mantido desde que se decide pelo namoro. Devemos sempre nos dar a conhecer, e conhecer nossa parceria. Assim, certas idiossincrasias poderão ser resolvidas, aparando-se arestas desde o início, pois depois é que começa a fase mais importante, que é a convivência. Aquele famoso dia a dia. É justamente nessa fase crítica, que a união ou se solidifica ou se esboroa, pois essa é a fase das descobertas da real personalidade de cada um, coisa que só a convivência traz, e é quando se pode descobrir se ambos se amam realmente, ou se simplesmente se gostavam, ou se apenas se sentiram atraídos fisicamente. Se existe realmente aquela afinidade necessária para uma vida em comum, ou se houve apenas uma atração física inicial. Aquela famosa questão de pele, que faz surgir o desejo de um contato mais íntimo.



Devem, através do diálogo, aprender a se conhecer e a se respeitar. O espaço de cada um deve ser sempre respeitado. Existem limites que não devem ser ultrapassados. Se houver Amor mesmo, e não um mero amor, tudo será superado e acertado, permitindo uma convivência longa e feliz. Vejam que pensamento feliz que minha querida L'Inconnue (é a irmã do L'Inconnu) nos trouxe hoje:

É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios... É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar... É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração...É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor... É fácil sentir o amor, difícil é conter a sua torrente!



Aí está o verdadeiro segredo da convivência. Tem-se não somente que interpretar as palavras que são trocadas, mas também saber "escutar" os silêncios. Muitas coisas são ditas quando não são faladas. Esse silêncios devem ser interpretados e conversados, pois o calar-se nem sempre é consentir. Muitas vezes quando alguém se cala pode ser sinal de uma divergência séria que poderá atrapalhar o relacionamento. Para isso é importante sempre haver um diálogo franco, honesto e aberto.

Caminhar ao lado de alguém é uma coisa, mas saber encontrar sua alma é outra. Precisamos sempre conhecer bem a alma de nossa parceria, para que seja uma real parceria, e não apenas uma dupla. Esse é outro segredo da convivência. Procurar conhecer bem a alma um do outro. Para saber até onde vão os limites de cada um.



Mas sempre é necessário que haja sinceridade no relacionamento. Surpresas desagradáveis sempre devem ser evitadas. Ninguém deve usar de artifícios, pois as mentiras mais cedo ou mais tarde serão descobertas, e ninguém gosta de ver que foi iludido em sua boa fé. Apresentem-se como são. Mostrem sempre sua real personalidade.



Como eu quero bem a todos, sinceramente, desejo que tenham UM LINDO DIA.

1 comentário:

Djhandro Ricardo disse...

olá Fran,

Li o seu "falando em convivencia". trabalho em um centro de convivencia e estou preparando meu plano de trabalho para 2010 e gostaria de escrever um trecho de suas palavras neste plano, ficaria feliz se autorizasse. me envia uma confirmação? Djhandro Ricardo - djhandro@yahoo.com.br
Se possível envia teu nome completo para citar, beijão!