quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Afabilidade e Doçura

No exercício da afabilidade e da doçura, que atrairá em teu favor as correntes da simpatia, compadece-te de todos e guarda, acima de tudo, a boa vontade e a sinceridade no coração.

Não será porque sorrias a todo instante que conseguirás o milagre da fraternidade. A incompreensão sorri no sarcasmo e a maldade sorri na vingança.

Não será porque espalhes teus ósculos com os outros que edificarás o teu santuário de carinho. Judas, enganado pelas próprias paixões, entregou o Mestre com um beijo.

Por outro lado, não é porque apregoas a verdade, com rigor, que te farás abençoado na vida; a irreflexão no serviço assistencial agrava as doenças e multiplica os desastres.

Com a franqueza agressiva, embora tocada de boas intenções, não serás portador do auxílio que desejas, conseguindo gerar tão somente o desespero e a indisciplina.

Não será com o elogio público ou com a acusação aberta que ajudarás ao companheiro; quase sempre, o louvor humano é uma pedra no caminho e a queixa, habitualmente, é uma crueldade.

Sorrisos e palavras podem estar simplesmente na máscara. Na alegria ou na dor, no verbo ou no silêncio, no estímulo ou no aviso, acende a luz do amor no coração e age com bondade.

Cultivemos a brandura sem afetação; e a sinceridade, sem espinhos. Somente o amor sabe ser doce e afável, para compreender e ajudar, usando situações e problemas, circunstâncias e experiências da vida, para elevar nosso espírito eterno ao templo da luz divina

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