segunda-feira, 17 de novembro de 2008

TABERNÁCULOS ETERNOS

“Também vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que,
quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” —
Jesus. (LUCAS, CAPÍTULO 16, VERSÍCULO 9.)

Um homem despercebido das obrigações espirituais julgará encontrar nesta passagem
um ladrão inteligente comprando o favor de advogados venais, de modo a reintegrar-se
nos títulos honrosos da convenção humana. Todavia, quando Jesus fala em amigos,
refere-se a irmãos sinceros e devotados, e, quando menciona as riquezas da injustiça,
inclui o passado total da criatura, com todas as lições dolorosas que o caracterizam.
Assim também, quando se reporta aos tabernáculos eternos, não os localiza em paços
celestiais.
O Mestre situou o tabernáculo sagrado no coração do homem.
Mais que ninguém, o Salvador identificava-nos as imperfeições e, evidenciando imensa
piedade, ante as deficiências que nos assinalam o espírito, proferiu as divinas palavras
que nos servem ao estudo.
Conhecendo-nos os desvios, asseverou, em sintese, que devemos aproveitar os bens
transitórios, ao alcance de nossas mãos, mobilizando-os na fraternidade legitima para
que, esquecendo os crimes e ódios de outro tempo, nos façamos irmãos abnegados
uns dos outros.
Valorizemos, desse modo, a nossa permanência nos serviços da Terra, na condição de
encarnados ou desencarnados, favorecendo, por todos os recursos ao nosso dispor, a
própria melhoria e a elevação dos nossos semelhantes, agindo na direção da luz e
amando sempre, porqüanto, dentro dessas normas de solidariedade sublime,
poderemos contar com a dedicação de amigos fiéis que, na qualidade de discípulos
mais dedicados e enobrecidos que nós, nos auxiliarão efetivamente, acolhendo-nos em
seus corações, convertidos em tabernáculos do Senhor, ajudando-nos não só a obter
novas oportunidades de reajustamento e santificação, mas também endossando
perante Jesus as nossas promessas e aspirações, diante da vida superior.

Pão Nosso

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