Pobre Francisco que da paz não desiste,
pede pelo mundo que do ódio vive,
vê, são muitos irmãos sem teto e sem pão,
que na vida não têm nada, nem mesmo ilusão...
Pede Francisco e que seu Senhor o escute,
fala pelas bocas esfomeadas de amor e justiça,
diga das dores dos que perderam seus filhos
nas mãos sem ideais que cultivam a cobiça.
Francisco do amor, irmão só, de fé, sonhador,
seca as faces que desenham esse mundo sem cor,
que seu Senhor seja a luz e também o autor
da nova realidade que dissipa as trevas livrando-nos da dor.
Oh! Mestre de Francisco, seja em mim também o Senhor,
mostre-me o amar, o doar, o perdoar consolador,
que eu seja o fruto do bendito ventre a parir o amor,
que se abram caminhos na nova luz que dita a aurora,
Que a fé não seja de fragmentos, mas se consolide em atos de paz,
que os corpos mutilados, vendidos à morte que gerou tanta dor
sejam hoje justificados em preitos da verdade e de valor,
transformando todo pranto em canto vivo de pleno amor.
Oh! Pobre Francisco que tanto acreditou,
pobre mundo que de sua irmandade se distanciou...
Roga Francisco pelos muitos pequeninos desse mundo perdido
do amor único e verdadeiro que sua boca um dia anunciou...
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