segunda-feira, 4 de maio de 2009

A beleza interior

Seria hipocrisia de nossa parte dizer que
as aparências não contribuem nesse mundo
onde a imagem funciona como um cartão de visitas:
é o que se vê em primeiro lugar,
o que chama a atenção ou provoca,
de imediato,
uma reação positiva ou contrária.

Ignorar fatores da realidade que vivemos
não nos faz melhores,
mais humildes, humanos ou sábios.

Saber cuidar de si com o mesmo
carinho e atenção com o qual cuidamos das coisas
que mais amamos é sinal de sabedoria.

O que não podemos e devemos evitar é que as aparências
nos enganem e maquiem as verdadeiras belezas
que estão no interior de cada um.

Aquelas coisas tão especiais e essenciais
que só podem ser vistas quando abrimos os olhos
do nosso coração e da nossa alma.

É quando vemos através das aparências
e penetramos no eu de cada pessoa que
percebemos as riquezas que se escondem,
que as conhecemos verdadeiramente.

Aprendemos com a vida que as aparências
não somente enganam ou
criam idéias falsas e preconceitos,
mas que com o tempo elas se apagam.

A beleza exterior não é eterna.

Mas a que vem do interior não cria rugas,
a terra não consome e se ela deve se modificar
é para ficar ainda mais aprimorada
com a idade e as vivências.

A bondade, o altruísmo,
o amor que nos torna compreensivos
e tolerantes são belezas invisíveis,
mas tão enriquecedoras que tornam o mais
comum e simples dos mortais em um ser excepcional.

Talvez seja por isso mesmo que,
segundo a Bíblia,
Jesus veio da forma mais simples e fisicamente
não possuía atrativos.

Tudo o que nos deixou e ensinou perdura até hoje,
ficará amanhã e ainda por séculos e séculos.
E só aqueles que foram e são capazes
de ver através das aparências é que souberam
amá-lo de todo coração,
de toda alma e de todo entendimento.

Só os que entendem isso nos dias atuais
é que podem crescer em sabedoria,
dão-se aos outros sem contar e se dirigem,
passo a passo,
na direção dos braços do Pai.

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