“Eu venci o mundo...”
Esta expressão do Celeste Amigo, ao dirigir-se aos companheiros, após a crucificação,
é de inabordável valor e transcendência.
Vencer o mundo não tem a conotação de haver-se vencido pessoas ou dominado
exércitos inimigos.
Vencer o mundo não expressa a vitória econômica, a que tripudia sobre os que se mantêm
no campo das carências financeiras, empobrecidos.
Vencer o mundo não representa haver-se atingido um modelo acabado de beleza física,
apto a encantar e arrancar aplausos das multidões embevecidas e tolas.
Vencer o mundo será, isto sim, a superação das condições ético-morais deficitárias, que
estejam em voga promovendo torpores e insanidades nas pessoas.
“Eu venci o mundo...”
Significa dizer que:
diante do egoísmo avassalador, Ele se exprimia nas bases do mais feliz altruísmo;
à frente do ódio, que cegava e enlouquecia a tantos, Ele prosseguia amando,
incondicionalmente, porque o amor é a grande lei da vida;
perante o orgulho e a vaidade, que apadrinhavam a competição hedionda com o
semelhante, gerando sempre maior desventura, Ele se mantinha humilde e simples, pelos
caminhos humanos;
ante o pavor que a morte impunha a todos, como símbolo de destruição final, Ele retornava
do sepulcro, a fim de proclamar que é a Vida Perene o grande galardão dos filhos de Deus.
Vale a pena desenvolver esforços, conscientemente, lucidamente, para suplantar as condições
do homem pigmeu, que invade o mundo, de modo a lograr vitória sobre esse mesmo mundo,
que, um dia, transformaremos para que seja um jardim de venturas ou um paraíso de paz.
Entretanto, enquanto esse tempo não se instala, que cada qual lute e se esforce por
vencer as perturbações que campeiam ainda, impulsionando as pessoas às quedas colossais e de
difícil soerguimento.
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