Algo semelhante ocorre em relação à vocação, ponta visível de nosso universo íntimo, sem subordinação a fatores hereditários ou ambientes.
Desde a mais tenra infância a criança revela tendências e habilidades relacionadas com determinada atividade que, não raro, surpreendem os adultos.
Se houvesse uma escola para os pais uma disciplina seria indispensável: como ajudar os filhos a seguir suas inclinações, no indispensável casamento entre vocação e profissão.
Quando isto não ocorre, temos verdadeiros desastres:
Maus médicos que seriam excelentes fazendeiros.
Maus advogados que seriam ótimos músicos.
Maus administradores que se dariam bem melhor como operários.
Diz Gibran Khalil Gibran, em “O Profeta”:
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da Vida por si mesma.
Eles vem através de vós mas não são de vós.
E embora convivam convosco, não vos pertencem.
Jesus diz algo semelhante no famoso diálogo com Nicodemos, quando proclama:
O Espírito sopra onde quer; tu lhe ouves a voz, mas ignoras donde ele vem e para onde vai...
Os dois textos aplicam-se à concepção reencarnacionista, dando-nos conta de que os filhos trazem suas próprias aptidões e senso moral.
Podemos e devemos auxiliá-los a desenvolver para o Bem esses valores. Para isso estão juntos de nós.
Consideremos, contudo, que chegará o momento em que seguirão seus caminhos. Então, aprenderão com seus próprios erros e crescerão com seus próprios acertos.
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