“A minha paz vos dou” — acentuou Jesus, diante dos complexos conflitos e sofrimentos humanos.
O problema da paz, no entanto, recebe enfoques, quase sempre, de resultados imediatistas, confundindo-se-lhe a realidade com o ópio do repouso, o letargo da ociosidade ou o doce encantamento dos fenômenos circunstanciais: paisagens, posturas, músicas, conversações...
Sem dúvida, esses fatores podem propiciar estados de bem-estar, de renovação de forças, de estesia.
Passados, porém, os seus efeitos, irrompem os conflitos e tormentos, assomam as necessidades não superadas, tomam campo na mente os desencantamentos em relação a pessoas e tarefas, que agora parecem não mais corresponder ao anelado.
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A Terra prossegue sendo escola de luta e de renovação, desafiando seus habitantes que devem mudar a estrutura moral nela ainda vigente.
A paz, portanto, conforme pretendem muitos homens, apresenta-se utópica.
Só mais tarde, quando concluídos os compromissos asperamente enfrentados, é que a consciência individual despertará para a plenitude, portanto, para a paz.
Ademais, enquanto se aspira por elevação, novos embates se delineiam, impedindo o repouso, a contemplação, a paz feita de quimeras e de sonhos.
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Trabalha pelo bem do teu próximo, suando e cansando-te na ação, sem excogitares, de início, pela aquisição imediata da paz.
Mantém-te sereno, seja onde for e com quem for, como efeito da tua segurança de fé e consciência do dever.
Não te impressiones com palavras e dissimulações, com ambientes e circunstâncias.
Aprende com a vida e fixa-te em Jesus, que nunca defrauda aqueles que O buscam.
É longo o caminho pela frente a percorrer.
Não te detenhas em relatórios da emoção que passa, e segue adiante fiel ao teu compromisso com a verdade.
“A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou”, afirmou Jesus, portanto, só Ele a pode oferecer de acordo com as tuas e as nossas necessidades.
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