quinta-feira, 27 de agosto de 2009

FRATERNIDADE SEMPRE

Algumas pessoas se questionam por que os espíritas se dedicam à Assistência e Promoção Social, já que sabem que as pessoas que nascem na pobreza, em tese, estão resgatando débitos do passado.

A resposta nos parece simples.

Como cristãos, todos devemos atender aos ensinamentos do Cristo de fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem.

Se é verdade que as pessoas devem resgatar seus débitos junto às Leis Divinas, também o é que devemos ajudar-nos mutuamente.

Jesus afirmou que são os doentes que necessitam de médicos e não os sãos.

Assim, quem mais necessita de apoio e fraternidade são aqueles que mais sofrem.

Jesus ensinou que somos todos irmãos. Analisando sob esse ponto de vista, quem de nós, mesmo sabendo que um irmão infringiu as leis, não busca todos os meios de ajudá-lo?

Ademais, quem garante que, pela lei da reencarnação, o sofredor de hoje não é um familiar ou um afeto do ontem?

O Evangelho de Jesus ensina que devemos amar uns aos outros, como ele mesmo nos amou. Não disse que era para amarmos somente os que são felizes e de nada necessitam.

Jesus ensina ainda, que tudo o que fizermos aos necessitados, é a ele mesmo que estamos fazendo.

Portanto, dar água a quem tem sede, alimento a quem tem fome, agasalho a quem tirita de frio, é obrigação de todo cristão verdadeiro.

Visitar quem está no cárcere, quem sofre num leito de hospital, nos asilos, manicômios, orfanatos e outros tantos locais de sofrimento, é nosso dever de fraternidade.

Se pensássemos de maneira diversa, ninguém de nós visitaria um presídio, por exemplo. Pois, em tese, todos os que estão detidos são devedores das leis e estão cumprindo pena.

Como Deus não quer a morte do pecador, mas o seu soerguimento, que sejamos nós a ajudá-lo a se levantar e prosseguir adiante, em nome do Cristo, a quem dizemos seguir.

Jesus sempre exemplificou o amor, mesmo que alguns dos seus seguidores não entendessem o fato de ele estar com gente de má vida e entre os enfermos de toda ordem.

Assim, se é verdade que a cada um será dado segundo as suas obras, todos estamos recebendo o que merecemos, mas em nenhum lugar está escrito que não devemos nos ajudar uns aos outros.

É esse, portanto, o motivo pelo qual devemos envidar esforços para tornar menos áspera a caminhada daqueles que sofrem mais que nós.

* * *

”Desprezar a fraternidade de uns para com os outros, mantendo a flama do conhecimento superior, será o mesmo que encarcerar a lâmpada acesa numa torre admirável relegando à sombra os que padecem, desesperados, ou que se imobilizam, inermes, em derredor”.

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