segunda-feira, 5 de outubro de 2009

BUSQUEMOS O MELHOR

"Por que reparas o argueiro no olho de teu
irmão?" - Jesus. (MATEUS, 7:3.)

A pergunta do Mestre, ainda agora, é clara e oportuna.

Muitas vezes, o homem que traz o argueiro num
dos olhos traz igualmente consigo os pés sangrando.
Depois de laboriosa jornada na virtude, ele revela as
mãos calejadas no trabalho e tem o coração ferido por
mil golpes da ignorância e da inexperiência.

É imprescindível habituar a visão na procura do melhor,
a fim de que não sejamos ludibriados pela malícia
que nos é própria.

Comumente, pelo vezo de buscar bagatelas, perdemos
o ensejo das grandes realizações.

Colaboradores valiosos e respeitáveis são relegados
à margem por nossa irreflexão, em muitas
circunstâncias simplesmente porque são portadores
de leves defeitos ou de sombras insignificantes do
pretérito, que o movimento em serviço poderia
sanar ou dissipar.

Nódulos na madeira não impedem a obra do artífice
e certos trechos empedrados no campo não conseguem
frustrar o esforço do lavrador na produção da
semente nobre.

Aproveitamos o irmão de boa vontade, na plantação
do bem, olvidando as rugas que lhe cercam a vida.

Que seria de nós se Jesus não nos desculpasse os erros
e as defecções de cada dia?

E, se esperamos alcançar a nossa melhoria, contando
com a benemerência do Senhor, por que negar ao
próximo a confiança no futuro?

Consagremo-nos à tarefa que o Senhor nos reservou
na edificação do bem e da luz e estejamos convictos de
que, assim agindo, o argueiro que incomoda o olho do
vizinho, tanto quanto a trave que nos obscurece o olhar,
se desfarão espontaneamente, restituindo-nos a felicidade
e o equilíbrio, através da incessante renovação.

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