segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Coração Infantil

Não relegues à sombra a criança que te pede aconchego
ao templo do coração.
Ave implume no ninho de teus braços, desferirá seu vôo
para os céus do futuro, transportando consigo
a tua mensagem....
Cera frágil e delicada ao toque de tuas mãos, revelará no
porvir as idéias que hoje plasmas em sua textura de flor...
Não lhe agraves no livro puro das impressões nascentes,
senão caracteres da luz que te abençoe a memória.
Esses olhos surpresos que te observam as atitudes,
esses ouvidos minúsculos que te guardam a palavra direta
e essa alma doce e tenra que se levanta para a escola
dos homens, assimilará teus exemplos,
retratando-te a vida.
Ensina-lhes a conquista do bem, para que o mal não
se desenvolva, sufocando-te as horas.
O divertimento do berço é o prelúdio da atividade na
praça pública.
O brinquedo do lar inspira o trabalho no mundo.
Por que plantar no solo da experiência infantil as sementes
de arrogância e preguiça, perversidade e destruição?
É justo acordes a criancinha para a noção da própria
dignidade, mas, é lamentável lhe induzas ao crime.
É natural que o menino de agora se erga para o valor com
que se mantenha acima das vicissitudes humanas, entretanto,
devemos chorar sobre nossa própria maldade, toda vez que
lhe inclinemos o espírito aos delitos da violência.
Coopera com o Senhor de Nossos Destinos, amparando os
rebentos do campo terrestre, para que não se detenham,
mais tarde, nas grades da corrigenda ou nos sepulcros
da frustração.
Responderemos pelas miragens com que lhe formamos
os sentimentos.
Compadece-te, pois, da criança que respira e sonha ao teu
lado, auxiliando-a pensar e servir, a fim de que o trabalho lhe
enriqueça o caminho e para que a educação lhe
norteie o caráter.
Por amor ao teu próprio futuro, auxilia-a a crescer nos
padrões do Divino Benfeitor, que nos advertiu, entre a
responsabilidade e a ternura:
- Deixai vir a mim os pequeninos!...
E, conduzindo a Jesus as crianças de hoje, teremos o
Reino de Deus na Terra, construído em favor de nós todos,
pelos artífices de amanhã.

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