sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Pássaro liberto

Rasgo o peito,

retiro minhas frustrações...

Cada partícula de mágoa,

de ressentimento,

eu jogo no poço do esquecimento!

Procuro o vale do perdão

e, lá, deposito tudo,

que me fora feito de mal,

por aqueles que abusaram de mim...

Lanço-me nestes vales infinitos,

a fim de livre e de alma límpida

buscar a minha felicidade...

Meu amor que a minha espera estará!

E, como um pássaro liberto,

abro as portas d'onde estava aprisionado,

à espera de que você recobrasse

a memória de nosso amor...

E tomo distância,

sepultando de vez tua lembrança,

que, agora, já não faz mais coro

com os novos rumos, a mim apresentados...

Quero voar, gritar, sorrir, brincar!

Sei lá, quero amar, aqui, acolá...

Quero levar o sorriso ao rosto triste;

dar as mãos a meus irmãos;

andar sem medos...

Liberto-me desta escravidão

e das amarras que colocaste

em meu coração...

Fica, agora, tu aí no seu mundinho

"de faz de conta"...

Continua a mentir a ti mesma

e a quem contigo está...

Porque, em meu novo mundo,

tu já não cabes mais...

Agora, sou liberto deste sentimento,

que me corroía, a quem entreguei

juventude, vida e que me deu

como troco a mentira e a traição...

Agora, sou liberdade,

voando sem rumo,

a seguir a brisa da felicidade...

O sol da alegria, a lua dos apaixonados,

as estrelas da esperança,

que me apresentaram meu novo amor.

Vai, sai da minha frente:

quero voar!

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