segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Salmo 89

1 Cantarei para sempre as benignidades do Senhor; com a minha boca proclamarei a todas as gerações a tua fidelidade.

2 Digo, pois: A tua benignidade será renovada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus, dizendo:

3 Fiz um pacto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi:

4 Estabelecerei para sempre a tua descendência, e firmarei o teu trono por todas as gerações.

5 Os céus louvarão as tuas maravilhas, ó Senhor, e a tua fidelidade na assembléia dos santos.

6 Pois quem no firmamento se pode igualar ao Senhor? Quem entre os filhos de Deus é semelhante ao Senhor,

7 um Deus sobremodo tremendo na assembléia dos santos, e temível mais do que todos os que estão ao seu redor?

8 Ó Senhor, Deus dos exércitos, quem é poderoso como tu, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?

9 Tu dominas o ímpio do mar; quando as suas ondas se levantam tu as fazes aquietar.

10 Tu abateste a Raabe como se fora ferida de morte; com o teu braço poderoso espalhaste os teus inimigos.

11 São teus os céus, e tua é a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.

12 O norte e o sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermom regozijam-se em teu nome.

13 Tu tens um braço poderoso; forte é a tua mão, e elevado a tua destra.

14 Justiça e juízo são a base do teu trono; benignidade e verdade vão adiante de ti.

15 Bem-aventurado o povo que conhece o som festivo, que anda, ó Senhor, na luz da tua face,

16 que se regozija em teu nome todo o dia, e na tua justiça é exaltado.

17 Pois tu és a glória da sua força; e pelo teu favor será exaltado o nosso poder.

18 Porque o Senhor é o nosso escudo, e o Santo de Israel é o nosso Rei.

19 Naquele tempo falaste em visão ao teu santo, e disseste: Coloquei a coroa num homem poderoso; exaltei um escolhido dentre o povo.

20 Achei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi.

21 A minha mão será sempre com ele, e o meu braço o fortalecerá.

22 O inimigo não o surpreenderá, nem o filho da perversidade o afligirá.

23 Eu esmagarei diante dele os seus adversários, e aos que o odeiam abaterei.

24 A minha fidelidade, porém, e a minha benignidade estarão com ele, e em meu nome será exaltado o seu poder.

25 Porei a sua mão sobre o mar, e a sua destra sobre os rios.

26 Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação.

27 Também lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei o mais excelso dos reis da terra.

28 Conservar-lhe-ei para sempre a minha benignidade, e o meu pacto com ele ficará firme.

29 Farei que subsista para sempre a sua descendência, e o seu trono como os dias dos céus.

30 Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nas minhas ordenanças,

31 se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos,

32 então visitarei com vara a sua transgressão, e com açoites a sua iniqüidade.

33 Mas não lhe retirarei totalmente a minha benignidade, nem faltarei com a minha fidelidade.

34 Não violarei o meu pacto, nem alterarei o que saiu dos meus lábios.

35 Uma vez para sempre jurei por minha santidade; não mentirei a Davi.

36 A sua descendência subsistirá para sempre, e o seu trono será como o sol diante de mim;

37 será estabelecido para sempre como a lua, e ficará firme enquanto o céu durar.

38 Mas tu o repudiaste e rejeitaste, tu estás indignado contra o teu ungido.

39 Desprezaste o pacto feito com teu servo; profanaste a sua coroa, arrojando-a por terra.

40 Derribaste todos os seus muros; arruinaste as suas fortificações.

41 Todos os que passam pelo caminho o despojam; tornou-se objeto de opróbrio para os seus vizinhos.

42 Exaltaste a destra dos seus adversários; fizeste com que todos os seus inimigos se regozijassem.

43 Embotaste o fio da sua espada, e não o sustentaste na peleja;

44 fizeste cessar o seu esplendor, e arrojaste por terra o seu trono;

45 abreviaste os dias da sua mocidade; cobriste-o de vergonha.

46 Até quando, Senhor? Esconder-te-ás para sempre? Até quando arderá a tua ira como fogo?

47 Lembra-te de quão breves são os meus dias; de quão efêmeros criaste todos os filhos dos homens!

48 Que homem há que viva e não veja a morte? ou que se livre do poder do Seol?

49 Senhor, onde estão as tuas antigas benignidades, que juraste a Davi na tua fidelidade?

50 Lembre-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos; e de como trago no meu peito os insultos de todos os povos poderosos,

51 com que os teus inimigos, ó Senhor, têm difamado, com que têm difamado os passos do teu ungido.

52 Bendito seja o Senhor para sempre. Amém e amém.

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