terça-feira, 20 de maio de 2008

CARTA DE PAULO

Ainda que eu falasse as línguas,
dos homens e as dos anjos,
se eu não tivesse amor,
seria como um bronze que soa
ou como um címbalo que tine.

Ainda que eu tivesse o dom da profecia,
o conhecimento de todos os mistérios
e de toda a ciência,
ainda que tivesse toda a fé,
a ponto de transportar montanhas,
se não tivesse amor,
eu nada seria.

Ainda que eu distribuísse
todos os meus bens aos famintos,
ainda que eu entregasse o meu corpo às chamas,
se não tivesse amor,
isso nada me adiantaria.

O amor é paciente
o amor é prestativo
não é invejoso, não se ostenta,
não se enche de orgulho.
Nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita, não guarda rancor.

Não se alegra com a injustiça,
mas se regozija com a verdade,
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais passará.
Quanto às profecias, desaparecerão.
Quanto às línguas, cessarão.
Quanto à ciência, também desaparecerá.
Pois o nosso conhecimento é limitado,
e limitada é nossa profecia.
Mas quando vier a perfeição,
o que é limitado desaparecerá.

Quando eu era criança, falava como criança,
pensava como criança, raciocinava como criança.
Depois que me tornei homem,
fiz desaparecer o que era próprio de menino.
Agora vemos em espelho e de maneira confusa,
mas, depois, veremos face a face.

Agora o meu conhecimento é limitado,
mas, depois, conhecerei como sou conhecido.
Agora, portanto, permanecem fé, esperança, amor.
Estas três coisas.
A maior delas porém, é o amor.

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