O homem se deve preocupar quando:
Esteja guindado às posições relevantes:
sob a bajulação dos frívolos;
diante dos êxitos embriagadores;
desfrutando de saúde e regalias;
usufruindo júbilos e planificando novas alegrias;
assessorado pelo gozo;
beneficiado pela fortuna;
cercado por apaniguados do triunfo;
sorvendo os capitosos vinhos da ilusão;
alimentando-se das iguarias seletas;
em repouso remunerado;
acarinhado por todos;
deslizando sobre os tapetes da fama;
regiamente amparado;
conhecido e comentado;
no topo da glória...
... Pois que muito será pedido àquele a quem muito foi dado.
A vida pede retribuição aos investimentos que realiza.
A tranqüilidade e a alegria perfeita são resultados da luta sem
quartel a que se entrega, em consciência, o homem que pensa.
Ela advém quando:
abraçando o ideal do bem, sofre;
buscando amparo, é desconsiderado;
necessitando de repouso, é expulso da enxerga em que se deita;
o próprio lar se converte em campo de batalha;
a enfermidade roda e domina;
a solidão se torna o clima de toda hora;
a solidão se converte em supliciadora;
o Sol arde-lhe na pele;
o inverno cresta-lhe o entusiasmo;
e sentindo-se sem apoio nem amizade, pode cantar e bendizer.
A alegria perfeita é o poema de paz que o coração amoroso
expressa quando, no mundo, tudo são desafios e sofrimentos,
mas a certeza do reino de Deus plenifica e liberta.
Assim responderia hoje São Francisco a frei Leão, atualizando
o memorável diálogo na estrada poeirenta entre Assis e Santa
Maria dos Anjos.
Oitocentos anos depois, certamente se interrogado, dessa forma
teria o Santo definido o que é a alegria perfeita.
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