quinta-feira, 11 de junho de 2009

Enquanto os ventos sopram

Aquieto-me enquanto duram os vendavais...
Sopram os ventos carregando os seixos!
Movem-se enfurecidos espirais,
varrendo o descuido dos desleixos.

Somos almas em primária escala,
deixamos sempre ao meio nossos afazeres,
fechamos os olhos e calamos a fala,
acovardados ante os deveres!

Desarvora-se o homem inconseqüente,
despreparado para tarefa útil
se em armadilha se vê, de repente,
ante os vendavais torna-se inútil!

Ao dever cumprido, entrega-se o justo,
mesmo passando sérios vendavais...
O vento pode curvá-lo como débil arbusto,
como o carvalho não perde a fé jamais!

Sem comentários: