terça-feira, 9 de junho de 2009

Horas. O que são?

Se eu parasse você na rua e perguntasse: "Por favor, que horas são?" O que você faria? Provavelmente olharia o relógio e diria a hora.

Mas, se eu parasse você na rua e perguntasse a mesma coisa, porém numa ordem diferente: "Horas, o que são?" provavelmente você me olharia como se eu fosse louco.
Não se costuma parar pessoas na rua para fazer perguntas filosóficas.
Uma vez, Santo Agostinho tentou responder a esta pergunta.
Ele disse: "O que é o tempo? Quem poderá explicá-lo de forma rápida e fácil?...
Certamente entendemos muito bem quando falamos dele. E o que é tempo, afinal? Se ninguém me perguntar, eu sei; mas se eu desejasse explicá-lo a alguém - eu francamente não sei".

Durante séculos, filósofos e sábios têm tentado explicar o tempo. Sir Isaac Newton disse que o tempo era absoluto, que ele ocorreria independente da existência do Universo.
Surgiu Leibniz e virou do avesso a definição de Newton. Disse ele: "Tempo é meramente a ordem dos eventos, não uma entidade em si própria".
Albert Einstein seguiu Leibniz e afirmou que "O tempo não tem existência independente da ordem dos eventos pelos quais o medimos"
Todos fazemos a pergunta: "Para onde foi o tempo?"
Esta indagação retórica, sem dúvida, expõe erradamente o caso.
O tempo não sai de cena.
Ele simplesmente passa na velocidade de sempre, enquanto nós realizamos muito menos do que talvez devêssemos realizar.
Seria melhor perguntar: "Como planejei tão mal e deixei tanto para fazer em tão pouco tempo?"

O tempo pode ser perdido, mas nunca recuperado.
Não pode ser acumulado, precisa ser gasto (investido).
Alguém afirmou que não podemos guardá-lo, congelá-lo, nem colocá-lo em latas.
Não podemos fabricá-lo.
O tempo é, talvez, o único dom pelo qual cada ser humano é igualmente responsável.
Ninguém tem mais - nem menos - tempo do que você ou do que nós.
Cada pessoa tem direito a 1.440 minutos por dia, 168 horas por semana.
Todos temos, em cada dia, a mesma quantidade de tempo suficiente.
Cada um tem todo o tempo que existe.
Pense, porém, na qualidade do seu tempo e investimento!

Todavia, apesar de sua reconhecida preciosidade e vasto potencial, não há nada que desperdicemos tão impensadamente como o tempo.
Foi o sábio pragmático Sir Walter Scott quem escreveu:
"Você ama a vida? Não desperdice então o tempo, pois é dele que se compõe a vida."
Ele se estende na primeira semana de férias e se contrai na segunda.
Passa mais devagar para o paciente do que para o dentista.
Passa mais devagar para a classe do que para o professor.

Dizem-nos que o tempo passa.
Na verdade, não é ele que passa, somos nós.
O tempo está parado.
O único tempo que temos é AGORA.
Esta é a qualidade existencial do tempo.

Aproveite-o bem. Boa sorte!

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