domingo, 8 de novembro de 2009

Problema

Certo dia, em um mosteiro zen-budista, com a morte do guardião, foi preciso
encontrar um substituto.

O grande Mestre convocou, então, todos os
discípulos para descobrir quem seria o novo sentinela.
O Mestre, com muita tranqüilidade, falou:

- Assumirá o posto o monge que conseguir resolver primeiro o problema que
eu vou apresentar.

Então ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que
estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com
uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo. E disse apenas:

- Aqui está o problema!

Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a
maravilhosa flor ao centro. O que representaria? O que fazer? Qual o
enigma?

Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os
companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e... ZAPT!... destruiu tudo, com
um só golpe.

Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:

- Você é o novo Guardião. Não importa que o problema seja algo lindíssimo.
Se for um problema precisa ser eliminado.

Um problema é um problema, mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um
homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou. Por mais lindo que seja
ou tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, deve ser
suprimido.

Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram
importantes no passado, mas que hoje somente ocupam espaço - um lugar
indispensável para criar a vida.

Os orientais dizem:

- Para você beber vinho numa taça cheia de chá é necessário primeiro jogar
o chá fora para, então, beber o vinho.

Ou seja, para aprender o novo é essencial desaprender o velho.

Limpe a sua vida. Comece pelas gavetas, armários, até chegar nas pessoas do
passado que não fazem mais sentido estar ocupando espaço em sua mente.
Assim, vai ficar mais fácil ser feliz!

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