segunda-feira, 9 de novembro de 2009

SE EU PUDESSE SER ANJO

Se eu pudesse ser um anjo estaria perto de Deus,
confessando desejos, na ambição maior da liberdade.

Revelando nos olhos pedintes as súplicas dos
lábios de pequenos meninos que aprendem orar por dor do corpo e pela
vontade de voar.



Se eu soubesse voar estaria bagunçando nuvens
para regar floradas de setembro e campos inteiros de eternos jardins.

Assim teria o perdão por inocente malicia, teria
a caricia das mãos para contento meu.



Se eu pudesse ficar de pé dançaria uma balada no
vento e por um momento chegaria perto do manto que recobre a alma na
doce esperança de cada ser.

Pedi ao meu coração criança, outros menores
querer para entender os anseios sufocantes de se libertar.



Já nem sei quantas estrelas contei, e quantas se
partiram em fragmentos, a noite ainda assusta e os medos maiores
permaneceram aqui.



Quem me dera eu acordar anjo em uma manhã
qualquer com asas alvas e sem dor, cantar o amor na suave voz do
acalento.

Depois de tocar o céu fortalecido de luz em riso
constante despertar puro outra vez.

Se eu pudesse ser anjo...

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