Existem assuntos que achamos melhor não abordar com crianças e jovens
e até mesmo com adultos. Tais assuntos compõem o rol de nossos
silêncios. Mas, dependendo do assunto, nosso silêncio pode se
transformar em omissão. Nem as famílias, nem as escolas, nem os(as)
catequistas costumam trabalhar. com os jovens, por exemplo, temas ou
situações como doença, morte, prazer, humor, felicidade, fracasso
profissional e no amor, sensualidade etc. - como se essas não fossem
realidades significativas e relevantes na nossa vida que devem ser
consideradas à luz da fé. À medida que nos omitimos, ou nos mostramos
desavisados ou incompetentes para lidar com semelhantes pautas,
abrimos espaço para religiões exploradoras da fragilidade das pessoas.
Depois nos admiramos com o crescimento de certos grupos que, muitas
vezes, ocupam o vazio provocado por nossa incompetência ou
contratestemunho.
A vantagem de um ano catequético, como o último recentemente
concluído, está exatamente no reforço que ele proporciona à
evangelização por meio das muitas iniciativas que a Igreja no Brasil
toma nesse tempo. Essa oportunidade certamente nqs ajuda a ampliar
nosso conhecimento sobre o evangelho e nosso comprometimento com o
dinamismo da vida da Igreja, serva e imitadora de nosso Senhor.
. Não sejamos preguiçosos, não percamos tempo. Mediante leituras,
cursos, reflexão, aprofundemos o conteúdo do que prega a nossa
Igreja; fortaleçamos nossa fé, nossa esperança e nossa caridade.
Resistamos a qualquer tentativa e tentação de nos apartar do seio da
Igreja, discípula de nosso divino mestre, que nos coloca no
verdadeiro "caminho da paz" (cf. Lc 1,79).
Que tudo, porém, seja feito realmente e de tal modo que nos tornemos
mais discípulos de nosso redentor. É disso que a Igreja precisa, é
disso que o nosso país precisa, a fim de mudar para melhor.
Dependendo da generosidade da nossa adesão, esse ponto de partida
que foi o último Ano Catequético pode ser a acolhida de uma graça que
Deus nos comunica para renovado e transformador encontro (pessoal e
comunitário) com a pessoa humano-divina de Jesus Cristo e com sua
missão salvífica.
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