quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A CATEQUESE E NOSSOS ANÚNCIOS

Existem assuntos que achamos melhor não abordar com crianças e jovens
e até mesmo com adultos. Tais assuntos com­põem o rol de nossos
silêncios. Mas, de­pendendo do assunto, nosso silêncio pode se
transformar em omissão. Nem as fa­mílias, nem as escolas, nem os(as)
cate­quistas costumam trabalhar. com os jo­vens, por exemplo, temas ou
situações como doença, morte, prazer, humor, feli­cidade, fracasso
profissional e no amor, sensualidade etc. - como se essas não fossem
realidades significativas e rele­vantes na nossa vida que devem ser
con­sideradas à luz da fé. À medida que nos omitimos, ou nos mostramos
desavisa­dos ou incompetentes para lidar com se­melhantes pautas,
abrimos espaço para religiões exploradoras da fragilidade das pessoas.
Depois nos admiramos com o crescimento de certos grupos que, muitas
vezes, ocupam o vazio provocado por nos­sa incompetência ou
contratestemunho.

A vantagem de um ano catequético, como o último recentemente
concluído, está exatamente no reforço que ele pro­porciona à
evangelização por meio das muitas iniciativas que a Igreja no Brasil
toma nesse tempo. Essa oportunidade certamente nqs ajuda a ampliar
nosso co­nhecimento sobre o evangelho e nosso comprometimento com o
dinamismo da vida da Igreja, serva e imitadora de nosso Senhor.

. Não sejamos preguiçosos, não perca­mos tempo. Mediante leituras,
cursos, re­flexão, aprofundemos o conteúdo do que prega a nossa
Igreja; fortaleçamos nossa fé, nossa esperança e nossa caridade.
Resistamos a qualquer tentativa e tenta­ção de nos apartar do seio da
Igreja, dis­cípula de nosso divino mestre, que nos coloca no
verdadeiro "caminho da paz" (cf. Lc 1,79).

Que tudo, porém, seja feito realmente e de tal modo que nos tornemos
mais dis­cípulos de nosso redentor. É disso que a Igreja precisa, é
disso que o nosso país precisa, a fim de mudar para melhor.
De­pendendo da generosidade da nossa ade­são, esse ponto de partida
que foi o últi­mo Ano Catequético pode ser a acolhida de uma graça que
Deus nos comunica para renovado e transformador encontro (pessoal e
comunitário) com a pessoa humano-divina de Jesus Cristo e com sua
missão salvífica.

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