Nosso "eu" é uma concha de trevas que não nos deixa
perceber, senão a nós mesmos.
Espelho mentiroso, que a vaidade forja na esfera
acanhada de nosso individualismo, reflete exclusivamente os nossos
caprichos e os nossos desejos, impedindo a penetração da luz.
Aí dentro, nossas dores, nossas conveniências e nossos
interesses, surgem sempre exagerados, induzindo-nos à cegueira e ao
isolamento.
Mas o Senhor, que se compadece de nossas necessidades,
concede-nos, com a cruz de nossas obrigações diárias, o instrumento da
libertação. Suportando-a com fé e valor, entre os dons da confiança e
as bênçãos do trabalho, crucificamos, cada dia, uma parcela de nossa
inferioridade personalidade inferior, a fim de que nosso espírito -
gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus - possa ser lapidado para
a imortalidade gloriosa.
domingo, 31 de janeiro de 2010
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