quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

POEMAS DE PAZ

A tormenta prepara o solo para a semeadura, como a guerra
valoriza a paz.

*

A noite hibernal vestindo a terra de crepe acreditou-se
senhora. Logo depois, no entanto, a clara face da manhã de paz
envolveu as sombras e entornou suas dádivas de alegria.

*

Contemplando a seara coberta de flores e de grãos, o
agricultor, emocionado, exclamou: - "Graças às minhas mãos a terra
está recoberta de vida e logo mais a mesa surgirá farta de pão! Este é
um triunfo meu."

Quando o homem partiu, a gleba feliz, mergulhada na epopeia da
própria paz e pujança, parecia dizer:"Deste-me sementes, homem, e eu
te multipliquei os grãos".

A consciência em paz não relaciona atos, doa benefícios.

*

A flor, que rescende perfumes, identifica-se com o ar, como a
agradecer a concessão da vida. O homem que atende às suas tarefas se
identifica com o Senhor da Vida e se rejubila em paz.

*

Lucigênito, o homem é fascículo da Divina Luz, nele projetada.

Amoroso, o homem se penetra da paz que dimana da Consciência
Cósmica nele presente.

*

A fé que se mantém no tumulto torna-se paz que vence nos conflitos.

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