quinta-feira, 18 de março de 2010

Das aflições

Há dores que não encontram sinônimos.*
Não existem palavras que possam amenizá-las.
Há situações em que o silêncio é a única opção,
é pausa para uma reflexão, ainda que muda, tardia,
é noite que não termina, é ausência do dia.

*Inútil o pranto, inútil o canto,
apenas um olhar de espanto...
*
*Que do dia se faça música, pois a noite vem,*
e enquanto pode, embala o filho querido,
ame o seu pai, ainda que incompreendido,
a sua mãe, ainda que cheia de falhas,
o irmão que se deu como rebelde,
ainda que cheio de dificuldades, com dissabor,
pois tudo é ausência do amor.

*Se ainda não encontrou aquela pessoa especial,*
segue amando a todos sem distinção,
não se entregue a futilidade da lamentação,
antes, alimente a alma, enriqueça o coração,
seja o que pode levar uma palavra de consolo,
o que atende, o que espera, o que aguarda.
O que ainda que ferido, não fere,
pois em tudo se compadece.

*Ainda que a dor venha te visitar,*
que te deixe mudo, sem ar,
ainda assim, olhe para o horizonte,
lá estão dois olhos a espreitar,
sondam a sua alma, vem confortar,
é Deus em infinita misericórdia,
esperando o seu recomeçar.

*Ainda que o dia pareça um fardo pesado,*
*é umpresente que só se revela a cada passo dado.*
*É caminho sem volta para aternidade,*
*chave da felicidade.*
*Nunca deixe de lutar!*

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