A mãe zelosa e dedicada leva o pequeno ao banho.
Despe-lhe a roupa.
Mas o petiz começa choramingar.
A jovem mãe procura acalmá-lo, imergindo-o na água pura.
Entretanto, o bebê prossegue incompreensivo.
Desesperado, revolta-se contra a água, contra o frio, contra o sabão
e, ele mesmo, impulsivo, esfrega espuma nos olhos, a debater-se,
esperneante, afogando-se, quase.
Instantes após, a mãe satisfeita enxuga-lhe a pele rosada, com toalha macia.
Ele sorri, depois da crise, e descansa contente, enfim.
Assim tem sido, quase sempre, a nossa reação perante a dor.
Quando aparece a benfeitora divina, choramos, gritamos e esbravejamos
e, não raro, quase nos sufocamos no desespero.
Tudo isso, porém, é reação infantil, descabida e forjada pela nossa
própria inexperiência.
Quando a dor passa, saibamos todos, há sempre em nós a bênção da
purificação e a felicidade da melhoria.
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