Deixo que minhas caras se entrelacem
Num enlace perfeito e pleno.
Faces tão minha e tão nuas
Mutação rarefeita que povoa meus momentos
Fazendo-se tantas e muitas
Mostrando-se entrecortas
De acordo com os acontecimentos.
Caras de dentro e de fora
Num rodízio constante
Fulguras de maneira completa
Ora riso, ora dores.
Na serenidade acorda
Depois carrega seus rancores
Brilha diante do amor que lhe apregoa
Fechando-se diante das saudades e seus temores.
Num rodízio constante se perfazem
Entre a felicidade e os dissabores
E assim dão cabo do dia
Para que no silencio da noite
Juntem-se todas na maior serenidade.
São minhas todas elas
Desfilam pela janela dos olhos meus
Mostrando pedaços dos meus sentimentos
Escorrendo tal quais os murmúrios que levo por dentro.
Tento esconde-las por vezes
Mas traiçoeiras me delatam.
Moram comigo todas elas
E me usam quando lhes apetece
Fazendo de mim, a sua própria casa.
Faces tantas que me povoam...
Acordam comigo
Fazem suas brincadeiras tantas ao longo do dia.
Depois se recolhem cansadas
Quando a noite chega... E as embala.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
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