quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

PELAS MÃOS DO TEMPO

O ciclo anual no infinito do tempo é, de algum modo, semelhante à existência no infinito da vida.

Na primavera temos a infância e a juventude, coloridas de suaves promessas.

No verão, encontramos a plenitude orgânica, repleta de energia.

No outono, vemos a madureza, tocada de experiência.

No inverno, sentimos a presença da noite fria e obscura, precedendo a alvorada nova.

Se te empenhas no aproveitamento do corpo terrestre como instrumento necessário à formação do futuro, reflete na bênção do dia e vale-te dela na própria renovação.

Para esse fim, não te despreocupes da mente, para que a criação, o trabalho e a vigilância te inspirem a caminhada na construção do porvir que desejas entretecido de paz e luz.

Assume com a própria consciência o compromisso da redenção de ti mesmo e resgata-o, com o respeito dentro do qual sabes solver no mundo a promissória bancária que te desafia a responsabilidade e envolve o nome.

Lembra-te das horas que escoam implacáveis e afeiçoa-te ao cumprimento do dever como sendo o culto da própria felicidade.

Observa o microcosmo em que a Lei Divina te situa temporariamente, no aprendizado salvador...

A família consangüínea, a casa de trabalho, a autoridade humana a que te subordinas, o templo de tua fé, o grupo dos amigos e dos desafetos e o caminho das obrigações inelutáveis, a se revelarem de hora a hora...

Repara o tesouro das oportunidades de serviço e faze dele abençoada escola de preparação espiritual, ante a imortalidade que te espera...

Exercita a bondade e enriquece-te de conhecimentos superiores, auxiliando aos que te rodeiam, em cada instante do hoje que te foge ao olhar, e, da estação em que estiveres, partirás, pelas mãos do tempo, em demanda da sabedoria e do amor que te aguardam o coração, no Grande Amanhã, ao esplendor do Sol Inextinguível.

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