sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Só paixão, amor não

Sei que não me querias para sempre, sei que nunca podia ser tua para sempre, não me consegui entregar dessa maneira! No fundo estava presa... presa ao que gostava de ser, ao que os outros queriam que eu fosse e a alguém que também queria que eu fosse diferente. Encontrei-me num turbilhão de sentimentos e tu foste arrastado por uma tempestade de mágoa, revolta, angústia! Estava carente e tu lá estavas sempre, mas quando eu pensava que me querias fazer feliz... tu querias apenas divertir-te e agora eu sei, eu também! Mas na altura eras uma saída para a minha tristeza, eras o sonho no meio do desespero. Eras a luz que surgia quando tudo era escuro, confuso... e eu sentia medo, não podia perder tudo, não me podia ver sozinha!
Quando olho para trás recordo o teu sorriso doce, meigo mas maroto... desejavas estar comigo, o meu corpo! Neguei-to e mesmo assim não perdeste o encanto! Ainda hoje, quando fecho os olhos consigo ver o teu rosto, a tua imagem a chamar por mim. Na realidade estás longe e tão perto ao mesmo tempo! Ao mesmo tempo que te evito, ainda penso em ti!
Sei hoje que não podíamos mesmo viver em conjunto, somos muito diferentes e por isso me atraíste tanto porque minimizavas os problemas com uma perspectiva positivista em que tudo parecia mais simples! Simples demais para ser esquecido, louco demais para pensado, sonhado, imaginado e vivido... que foi o que fizemos.

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