Se perdeu ao longo da vida
Em árdua procura
Tentando encontrar o que perdeu um dia
Mortificou seus dias
Num desencontro que o crucificou.
Sonhava incessantemente...
Pobre homem!
Vagava no seu delírio
E chamava pela amada
Pelas ruas da cidade
Como se essa pudesse ouvi-lo.
Taxavam-no de louco!
Não sabiam de sua estória
Do amor que levava em suas entranhas.
Fadado agora à uma solidão profunda...
A vida já tinha decretado a sentença
Da perda total que ele não sabia.
Acorda, homem!
De nada vale seus gritos
Essa procura infinita.
Ela já se foi à muito
Não voltará aos seus braços; mesmo que queira
Mesmo que enlouqueça!
Hoje só se aproximará de você feito uma brisa.
A morte em sua dança sinuosa
Seduziu-a eternamente
Levou-a em seus braços.
Ouve os teus gritos e gemidos
Mas não pode atender os teus ais
Nem agora... Nunca mais!
domingo, 20 de abril de 2008
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