sexta-feira, 25 de abril de 2008

OPINIÕES

Respeita a opinião dos amigos e examina judiciosamente o que eles falam. No entanto, não te detenhas nas opiniões alheias, partidas dos julgamentos convencionais da multidão.

O respeito humano e a hipocrisia lhes dão vigor e força que, todavia, não te podem atingir.

Por ajudar a todos, indiscriminadamente, chamar-te-ão tolo.

Por confiar em Deus, desassombradamente, considerar-te-ão ingênuo.

Por amar muito e com abnegação, nomear-te-ão como fraco.

Cultivando a misericórdia em nome do Céu, apontar-te-ão como imbecil.

Exercitando a previdência em favor de ti mesmo e dos outros, identificar-te-ão por velhaco.

Ensinando a verdade e vivendo-a, repelir-te-ão como fanático.

Serve e persevera, mesmo que a multidão escarnecedora se volte contra o teu trabalho.

Sorri e passa embora identificando a zombaria em derredor.

Não deixarás de ser prudente porque te ignorem o equilíbrio.

Não serás menos sábio se não te constatarem a lucidez.

Embora essas vozes não te considerem o culto à família, o respeito às Leis e a submissão a Deus com o amor ao próximo, examina-lhes as instruções verbais. São elas que discursam e escrevem sobre direito e dever, justiça e trabalho, moral e fé, cultura e ciência.

Os seus líderes envergam fardões reluzentes e traçam normas de conduta para épocas demoradas, imortalizando os nomes em letras de formas. O culto, porém, à vaidade, não lhes permite praticar o que ensinam.

O excesso de palavras com que adornam as linhas essenciais, mata o espírito e desacredita, no íntimo deles, a legitimidade do que asseveram.

Continua, confiante!

As opiniões são ornamentos dispensáveis. Só a ação reta, incessantemente praticada, ensinar-te-á com proveito as lições dos deveres perante o Pai Celestial.

Não te canses com eles, nem os hostilizes.

Nem irritação, nem desalento. Todos os servidores fiéis do bem, sem razão de ser, foram vítimas do desdém, do sarcasmo e do reproche, nas opiniões do povo...

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