sábado, 20 de junho de 2009

Jejum e oração

Jesus havia descido do Monte onde há pouco, Pedro,
Thiago e João haviam presenciado o fenômeno da transfiguração.
Quando chegaram à multidão, aproximou-se-Lhe um homem,
pondo-se de joelhos diante Dele, e dizendo:
Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e
sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas
vezes na água.
E trouxe-o a Teus discípulos, e não puderam curá-lo.
Eis que Jesus lhe respondeu:
Ó geração incrédula e perversa!
Até quando estarei Eu convosco, e até quando vos sofrerei?
Trazei-Mo aqui.
Narra então o evangelista Mateus, que Jesus repreendeu
o Espírito mau que estava com ele e o Espírito o abandonou.
Os discípulos se aproximaram de Jesus, curiosos, e,
em particular, lhe perguntaram:
Por que não pudemos nós expulsar o Espírito mau?
Ao que o Mestre lhes redarguiu:
Por causa de vossa pouca fé.
Porque, em verdade vos digo que, se tiverdes fé como
um grão de mostarda, direis a este monte:
passa daqui para acolá, e há de passar.
E nada vos será impossível.
Finaliza Jesus a lição, afirmando:
Mas esta casta de demônios não é expulsa senão pela
oração e pelo jejum.

* * *

Necessário serenar a alma e as idéias preconcebidas,
e refletir profundamente sobre a proposta de jejum
e oração oferecida pelo Rabi.
Será que Jesus, ao propor o ato de jejuar, referia-se
a deixar de se alimentar regularmente?
Pois é assim que muitos entendem até os dias de hoje.
Por isso, faz-se mister que nos debrucemos sobre a
temática a partir deste ponto.
A proposição do Mestre ia muito além da dieta alimentar.
Ele trazia a idéia da abstinência moral, de abster-se de
tudo aquilo que nos conduz aos excessos.
Fala Ele, assim, de um jejum do comportamento doentio.
Este é o único caminho para a libertação das influências
deletérias dos obsessores espirituais.
A oração é primordial, pois nos liga ao Criador, nos purifica
os pensamentos e eleva a sintonia mental.
Junto dela, a mudança de comportamento, de direção nos
propósitos de vida é fundamental.
Os Espíritos infelizes se ligam a nós através da sintonia
com nossas misérias íntimas.
Se deixarmos de cultivar tais misérias, se alterarmos a
faixa mental, não haverá mais compatibilidade nesse plug psíquico.
A privação das ações negativas, dos desejos malsãos deve
ser o jejum para a alma que deseja se libertar de qualquer
influência espiritual inferior.
A fé raciocinada e a ação no bem nos protegem de tudo.
Não há o que temer, quando as mãos estão perfumadas pelas
flores do bem que deixamos pelo caminho.
Não há o que temer, quando o coração está aquecido pela certeza
de que as leis de Deus são perfeitas, e que a presença Divina
é constante em nossas vidas.
Perante qualquer dificuldade que venhamos a enfrentar,
lembremos da lição do jejum e da oração.
Lembremos deste medicamento poderoso de que todos nós dispomos

Sem comentários: