segunda-feira, 1 de junho de 2009

JUSTIÇA EM NÓS MESMOS

Não nos esqueçamos do mundo vasto de nós mesmos, onde a consciência amparada
pela razão, nos adverte, serena e incorruptível, quanto às normas que nos
cabe esposar, em favor de nossa segurança e alegria.

Muitas vezes, recorremos ao parecer dos outros nos assuntos que nos dizem de
perto à paz espiritual, com receio do parecer de nossa própria alma e, quase
sempre, apelamos para a orientação de muitos encarnados e desencarnados, por
nos sentirmos incapazes de escutar os avisos de nosso templo interior, em
cujo altar, a Bondade Divina nos concita às obrigações que a vida nos
delegou.

Em muitas ocasiões, queixamo-nos dos companheiros que nos partilham a luta,
cegos para com a nossa posição reprovável diante deles; declaramo-nos
desditosos e perseguidos, sem perceber os calhaus de amargura que lançamos,
desassisados, no caminho dos outros e arrojamo-nos a reivindicações
descabidas, sem observar que nós próprios fomos os autores da
desconsideração que nos arrasa ou desprestigia...

Em várias circunstâncias, reclamamos o trabalho do próximo sem dar a mínima
parte da quota de serviço que lhe devemos, exigimos que a tranqüilidade nos
favoreça, alimentando a guerra silenciosa e tenaz contra os nossos vizinhos
e bradamos contra as perturbações que nos visitam a casa, cultivando a
leviandade e a calúnia, a destruição e a maledicência...

Tenhamos, desta maneira, a coragem de examinar a nós mesmos, ouvindo a
própria consciência que jamais nos engana quanto ao rumo que nos compete
seguir.

Decerto, é muito fácil julgar a conduta alheia e repetir a famosa frase: -
“Se fosse comigo faria assim”.

Mas, é sempre difícil atender à justiça em nós mesmos para retificar as
próprias atitudes e corrigir os próprios atos.

Acendamos, cada dia, por alguns instantes, a luz da prece em nosso próprio
íntimo e roguemos a Jesus nos ensine a ver e a discernir para que, através
da oração possamos aprender e servir sem compromissos escuros nos laços da
tentação.

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