sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CONSIDERA A TUA ESCOLHA

Não esperes o dia de amanhã para inventariar as causas da aflição que
a existência te reserva.
Estamos em plena eternidade e a vida, com a justiça por fundamento,
diariamente reprova nossos erros e nos premia as boas ações.
Examina a paisagem de tua luta habitual e não percas a oportunidade do
reajuste.
Se ofendeste o companheiro que te partilha as experiências, retifica,
ainda hoje, o teu gesto infeliz.
Se deste ouvidos à suspeita delituosa, confia-te à meditação e não te
enveredes no cipoal da desconfiança indébita.
Se puseste os teus olhos sobre o mal, auxilia a tua própria retentiva
a esquecer as imagens perturbadoras que não deverias procurar nem reter.
Se falaste sem propósito, ferindo ou prejudicando alguém, retrocede e
regenera as chagas que o teu verbo impensado terá imposto aos que te
consagraram atenção.
Se a ociosidade tem sido a tua companheira, abandona-a ao círculo de
sombras em que se compraz e busca o serviço sem delongas, para que a
vida não te considere peça inútil em suas divinas engrenagens.
Estabelece causas nobres de alegria e bom ânimo, paz e otimismo,
aprendendo, amando e servindo, porque o sofrimento nos surpreende na
estrada com tanta duração e com tanta intensidade, conforme tenha sido
o nosso esquecimento do dever que o Pai nos designou a cumprir.
Ninguém precisa morrer na carne para encontrar a correção ou a
recompensa do Além. A Terra é nosso lar sublime, em plena imensidade,
e, dentro dela, a vida nos liberta ou nos agrilhoa, nos reconforta ou
nos dilacera, de conformidade com a escolha que traçamos para nós
mesmos.

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