Ainda e sempre, a vaidade humana prossegue na caça
incessante aos títulos máximos na Terra.
Cartazes da imprensa e programas teleradiofônicos na
atualidade cogitam de campeões variados que brilham, passageiros, na
ribalta do mundo.
O maior pensador...
O maior cientista...
O maior industrial...
O artista maior...
*
E o campo de realizações terrestres, copiando-lhes o
impulso, apresenta com garbo os seus expoentes mais altos...
O maior arranha-céu...
O maior transatlântico...
O maior espetáculo...
A fortuna maior...
Todavia, semelhantes pruridos de evidência terrestre não
são novos.
*
Há quase vinte séculos, surgiam eles igualmente no
colégio dos seguidores humildes do Senhor.
Nem mesmo os aprendizes do Evangelho, despretensiosos e
simples conseguiram fugir à tentação do destaque pessoal.
Eles próprios, na antevisão do paraíso, indagaram do
Mestre, com desassombro inconsciente:
- Quem seria o maior no Reino dos Céus?
E a resposta do Cristo, ainda hoje, é um desafio à nossa fé.
O maior no Reino do Amor será sempre aquele que se fizer
o servo infatigável de todos, aquele que, em se esquecendo, oferece
aos outros a própria alegria que não possui, e que, em se ajustando à
máquina do bem, possa apagar-se, contente e anônimo, atendendo, no
lugar que lhe é próprio, a tarefa que o Senhor lhe determina...
*
Se procuras a comunhão com Jesus, onde estiverdes, olvida
a ti mesmo pela glória de ser útil.
Ajuda, aprende, ampara, compreende, crê e espera cada dia...
E, servindo sempre, encontrarás com o Mestre Divino a
felicidade perfeita, penetrando com Ele o segredo sublime da cruz,
pelo qual, em se rendendo à suprema renúncia, fez-se a luz das nações
e a esperança da Humanidade inteira.
domingo, 8 de novembro de 2009
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