quinta-feira, 11 de março de 2010

QUEM LÊ, ATENDA

Quem lê, atenda -- Jesus (Mateus 24:15)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções
sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento
análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.
Frequentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de
tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o
recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.
Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.
O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos
vasto campo de observações pouco dignas.
Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando
deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de
espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as
contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo
trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado
represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de
religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de
elevação.
O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para
alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la
em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus,
cumprindo-lhe a Divina Vontade.

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