O ser anda confuso em estradas turvas,
caminha só, ou em bandos, aleatoriamente
alastrando suas vias cruciantes de ansiedades,
imergindo alma em rios fundos, de águas escuras.
A cobiça do ter é aspiração única a alcançar,
não importa ceifar, atropelar o semelhante.
Em palavras imprudentes à guerra semear,
delineando um chão virgem lacrimejante...
O egoísmo prolifera, um brado tão injusto
que aprisiona canto brando da humildade,
abocanha a esperança no ventre do justo
o som dissonante-obscuro da vil vaidade...
No homem hígido, há gotas de boa vontade!
Um espírito que permite fluir sua luz interior
e contrito, reverencia ao Pai da Humanidade,
implorando por castas semeaduras de amor!
Uma orquestra de harmônica solidariedade
urge abrolhar na estrada e, ao orgulho calar a voz!
Para que a alva paz brote, nesta era de insanidades
é preciso fazer uso, do lampião que há em nós!
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