quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Senhor,

Inundas-me no esplendor de tua luz

e, contudo, cego, não Te vejo,



Falas-me na eloqüência de teu verbo

e, no entanto, surdo, não Te ouço,



Abrasas-me na ardência de teu amor

e, todavia, insensível, não Te sinto,



Oh! estranha contradição!

Tu, bem perto de mim,

e eu, tão longe de Ti!



Desvela-me Senhor, os olhos,

cegos de orgulho;

abre-me os ouvidos, surdos de vaidade,

e sensibiliza-me o coração,

duro de maldade,

para que eu descubra tua divina presença,

na intimidade do meu ser!

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