Deixei meu coração embrulhado,
atirado na estrada,
vestido da sombra de um arvoredo...
***
Um cortejo passou reluzente,
com seus pendões de ouro
e seus chocalhos a tinir...
Meu coração despedaçado e triste
correu ao tronco da árvore,
e nem sequer fitou o caminho...
A poeira da vaidade do cortejo
cobriu-lhe os olhos,
e a sombra do arvoredo revestiu-o.
***
A noite derramou seu manto,
quando um cortejo de virgens,
cantando hinos e carregando lâmpadas,
passou feliz, demandando longe...
Meu coração galgou a árvore,
escondeu-se na folhagem, despedaçado...
nem suspirou!
De cordas partidas,
meu coração aguardou a luz,
para cantar o desespero de ser infeliz...
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