O candidato ao ministério cristão penetrou o templo do serviço e
proclamou-se transformado.
Na primeira semana, afirmou-se favorecido pela divina luz e, depois de
solene profissão de fé, assinalou fronteiras entre ele e o pecado, entre a
sua perfeição e o mundo envilecido.
Na segunda semana, discursou, ardentemente, conclamando o povo à salvação
com o Cristo.
Na terceira, traçou programas e promessas, na esfera da beneficência,
mostrando-se inclinado a socorrer infelizes, curar os doentes e asilar
criancinhas abandonadas.
Na quarta, declarou-se vítima da incompreensão e da discórdia, entre pesadas
nuvens de tristeza e insubmissão.
Na quinta, apareceu cansado e desiludido, indicando os males do mundo e os
defeitos dos irmãos.
Na sexta, rogou ao Senhor licença para descansar.
Na sétima, deitou-se e dormiu por duzentos anos.
Nesse candidato às bênçãos do Evangelho, temos a história de milhões.
"Muitos chamados, poucos escolhidos".
Oportunidades para todos e serviço de raros.
Em verdade, o Divino Amigo continua curando, levantando, consolando,
reanimando e convidando almas para o banquete do Reino de Deus, mas os
seguidores e discípulos começam a tarefa no calor fervente do entusiasmo,
elevado à tensão mais alta...
Pronunciam votos comovedores, gesticulam e ensinam, entretanto, em poucos
dias, antes mesmo de marcharem dez passos, na senda da elevação, reclamam
férias espirituais para o repouso de vários séculos
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