quarta-feira, 4 de novembro de 2009

AFABILIDADE E DOÇURA

No exercício da afabilidade e da doçura, que atrairá em teu favor as
correntes da simpatia, compadece-te de todos e guarda, acima de tudo,
a boa vontade e a sinceridade no coração.
Não será porque sorrias a todo instante que conseguirás o milagre da
fraternidade. A incompreensão sorri no sarcasmo e a maldade sorri na
vingança.
Não será porque espalhes teus ósculos com os outros que edificarás o
teu santuário de carinho. Judas, enganado pelas próprias paixões,
entregou o Mestre com um beijo.
Por outro lado, não é porque apregoas a verdade, com rigor, que te
farás abençoado na vida; a irreflexão no serviço assistencial agrava
as doenças e multiplica os desastres.
Com a franqueza agressiva, embora tocada de boas intenções, não serás
portador do auxílio que desejas, conseguindo gerar tão somente o
desespero e a indisciplina.
Não será com o elogio público ou com a acusação aberta que ajudarás ao
companheiro; quase sempre, o louvor humano é uma pedra no caminho e a
queixa, habitualmente, é uma crueldade. Sorrisos e palavras podem
estar simplesmente na máscara.
Na alegria ou na dor, no verbo ou no silêncio, no estímulo ou no
aviso, acende a luz do amor no coração e age com bondade. Cultivemos a
brandura sem afetação; e a sinceridade, sem espinhos.
Somente o amor sabe ser doce e afável, para compreender e ajudar,
usando situações e problemas, circunstâncias e experiências da vida,
para elevar nosso espírito eterno ao templo da luz divina.

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