Enquanto roubas as cores crepusculares,
sento à margem do rio, revivendo trajetos,
palmilhados no pulsar das horas circulares,
sentinelas acesas no redemoinho dos afetos.
Com a gama de cores pintaste o teu quadro,
usando as tintas dos sonhares idealizados.
Soubeste manusear com mestria o esquadro,
a cada ângulo do esboço,igual ao planejado.
Com a sabedoria que a vida te concedeu,
por tanto tempo aprendiz, mestre agora,
agregaste tesouros que a natureza ofereceu
nesta obra, onde o real ao ideal se incorpora.
Quanto a mim, roubei apenas o calor do sol,
e com ele aqueci o frio da alma que chorou,
pelo arrastar das folhas secas no arrebol,
quando no outono da vida, meu sonho acabou.
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