As chuvas de dezembro chegam na frente,
enviadas pelos anjos do céu,
fazendo harmonização, para a chegada
do Papai Noel.
Levantam o cheiro da terra,
sulcada pelas mãos de agricultores.
Frutas de cheiro ao mercado levadas
e infinitas qualidades de flores.
Os vinhos saem das adegas.
Castanhas, nozes, pinhão e lentilhas...
Leitões apartados no mangueirão.
Trabalham freneticamente as cervejarias!
Cabritos e carneiros, frangos de granja e perus separados!
Os bois nos currais escolhidos,
os peixes encomendados!
As vitrines recebem muitas luzes,
os pinheiros comercializados!
As pessoas escolhem os presentes,
movimentam-se os grandes atacados!
O mundo impera colorido e
bilhões em cada canto gastados...
Ah! Senhor! Tu chegas na pessoa de um homem
simples e ninguém te teve notado?
Sobes as escadas de uma igreja, entras e ali te postas.
Continuas ignorado!
Dobras teus joelhos e fazes a tua prece.
Sais e caminhas pelas ruas e, na chuva fina,
afagas o rosto do pobre que te olha e
te enterneces...
Na mais humilde das casas, entras
feliz e contente!
Abençoas a mesa simples que ali está...
Bebes e comes com aquela gente.
Sais novamente e, pela longa rua,
arrastas teu manto molhado.
Segues pela periferia, sem que sejas notado!
Casa a casa visitas, uma sequer esquecida.
Dás um alento à noite chuvosa e, com uma brisa
fresca de jasmins, contemplas aquela
gente sofrida!
Partes e, naquela noite, uma mesa sequer foi esquecida.
Não te vi! Fez-me uma criança, o relato!
Disse-me que por muitos dias naquelas paragens,
podiam-se ver a marca dos teus passos!
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