domingo, 20 de abril de 2008

Orando...

"Mestre Jesus, Divino Rabi da galiléia,
recordamos os Teus atos de coragem no jardim de
Getsêmani; suportaste a agonia da indiferença dos
apóstolos, quando os convidaste a orar e vigiar, já
prevendo a angústia da traição e do abandono de
Teus discípulos.
Quanta fé divisamos em Teu rosto,ao seres levado
até Anás, Caifás, Pilatos e Herodes.
De um insulto a outro, ouvias as zombarias e sentias
os açoites, mas mesmo assim permaneceste
fiel ao Pai Todo-Poderoso.
A fé não te deixava fracassar e Teu silêncio era o
perfume da Tua dignidade.
Portavas-Te com firmeza e serenidade.
Filho dileto de Deus foste Tu, Jesus, principalmente
quando colocaram em Teus ombros a cruz
de Barrabás.
Quanto peso carregaste,
pois sobre elas se encontravam todas as cruzes
dos Teus falidos irmãos, cujos erros vieste à
crosta terrena amenizar.
Dizem que caíste desmaiado, entretanto nós
Te vimos sereno e sobretudo confiante no Pai.
Tiveste por momentos a ajuda de Simão, que
voltava do campo.
Que benção, Senhor, recebeu Simão, e quanta
lição nos deixaste com este gesto:
todos nós precisamos de ajuda!
Não obstante a ação da massa enfurecida e as
duras palavras dos sacerdotes e príncipes,
o Teu semblante era de paz e de perdão.
Com amor fitaste as mulheres, que Te seguiram
corajosamente; elas nada temiam, tamanha
a fé de cada uma.
E o povo gritava
"Crucifica-O! Crucifica-O!",
enquanto isso, buscavas com amor os olhos de
Maria, desejando reclinar Tua cabeça para ser
afagada pelas Suas abençoadas mãos.
Contudo, não Te foi concedido este privilégio.
Uma queixa se quer murmuraste.
Teu rosto continuava calmo e sereno.
Ninguém Te dizia uma só palavra de carinho.
O suor Te banhava o rosto belo e radiante.
A medida que os soldados executavam ordens dos
sacerdotes, oravas por todos teus algozes:
"Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem".
Nenhum ódio, nenhuma vingança pediste;
ao contrário, apiedaste-Te deles por serem
tão ignorantes e culpados.
Hoje, Senhor, os anos se passaram e permaneces
abrigando cada ovelha do redil do Pai, preso sobre
a cruz de cada pecador, tendo sempre os braços
abertos para nos abraçar quando te buscamos.
Quantos açoites ainda recebes da humanidade
materialista, mas Tuas mãos prosseguem nos
abençoando; ainda teimamos em mantê-las
cravadas na cruz;
Tua amada cabeça continua ferida pela coroa de
espinhos, que são a falta de moral, os vícios, a
perversão sexual, enfim, Jesus, a degeneração
da família.
Teus lábios pareciam sussurrar para cada um de nós:
"meus irmãos, que as gotas de sangue que correm da
minha fronte, das minhas mãos e dos meus pés não
tenham sido
derramadas em vão, porque elas foram gotas do
orvalho divino caídas para despertar a Humanidade,
destruindo a morte e abrindo as portas da
Espiritualidade, onde o Pai espera por todos
os Seus filhos.
Ele me deu o poder de acalmar as ondas de revoltas,
de curar os enfermos, de ressuscitar os mortos".
Ele, o Pai, é Grande,
Rei de todas as criaturas por Ele criadas, portanto
oremos sempre ao Senhor, como filhos que somos.
" Assim Seja".

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