Não podemos afirmar que os materialistas vêm vindo...
Estão nos tempos modernos, por toda parte, tentando inconscientemente apagar a luz do espírito.
Assestam telescópios na direção das galáxias, e supõem resolver os enigmas do Universo pelas acanhadas impressões dos cinco sentidos da esfera física.
Devotam-se aos mais altos estudos da Psicologia transcendente, e atestam que o homem não passa de símio complexo, sem maiores possibilidades de evolução.
Dizem que estamos longe de equacionar os problemas do destino e do ser, e estabelecem padrões para a genética humana, tomando por alicerce o comportamento de drosófilas e de ratos nas atividades reprodutivas.
Asseveram que é preciso plasmar elites de condutores, e dirigem-se à mocidade acadêmica subtraindo-lhe as noções da alma, à feição de sorridentes carrascos da responsabilidade moral.
Destacam o imperativo da solidariedade, e preconizam a sumária eliminação dos que nasçam doentes ou incapazes.
Proclamam-se campeões da liberdade, e desprezam quem lhes não aceite o figurino mental.
Recomendam a investigação das questões do espírito, e injuriam as inteligências sinceras e desassombradas que a elas se afeiçoem.
Aconselham o respeito às religiões e, em vez de ajudá-las no apostolado de amor pela extinção do sofrimento, solapam-lhes a existência, a golpes de sarcasmos sutil.
Claro que não nos reportamos aos pesquisadores respeitáveis, porque a ciência - matriz do progresso - será sempre, no mundo, a interrogação vestida de luz, entesourando experiências, diante da verdade.
Referimo-nos aos epicuristas de todas as épocas, sejam eles autores de fulgurantes pensamentos destrutivos, em alentados livros sobre a Natureza, ou meros conversadores de salão, interessados nas sensações inferiores, a detrimento da sublimação íntima.
Desde as primeiras horas de nossa formação doutrinária, os mensageiros do Cristo explicaram que o Espiritismo contribuirá no aperfeiçoamento da Terra, anulando o materialismo, por ensinar aos homens a dignificação do futuro, mantendo-os livres de seitas e cores, castas e privilégios.
Temos, assim, a tarefa de conduzir para a frente a bandeira da imortalidade, com o trabalho incessante que lhe é conseqüente, mas, para atingirmos a meta, é imperioso se disponha cada um de nós a viver em si mesmo os princípios que prega, com a obrigação de servir e com o dever de estudar.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
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