quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O QUE ESTAMOS FAZENDO?

“Por toda parte, há convites à edificação e ao aprimoramento, desafiando-nos à ação no engrandecimento comum”. (Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, item 102)



Onde urge a tempestade de dor, arrastando corações aflitos na enxurrada do desespero, transformemo-nos no abrigo acolhedor e amparemos, dentro do possível, contribuindo de algum modo para que o sofrimento diminua.

Encontrando irmão com fome, à beira da loucura ou da inanição, façamo-nos portador de um prato de alimento ou de um pedaço de pão, soerguendo-lhe a esperança, mesmo que seja com alguma dificuldade.

Observando criaturas doentes a perambular em busca de socorro, lembremo-nos do Cristo quando avisou que “os sãos não têm necessidade de médico” e improvisemos a gota de remédio em nome da caridade.

Registrando a presença de crianças abandonadas, mesmo dentro de lares, movimentemos recursos de amor e afetividade para minorar, um pouco que seja, seus padecimentos, construindo instituições de amparo à infância ou servindo nas já existentes.

Vendo jovens escorregando pelos desfiladeiros das dependências tóxicas, e seus familiares atolados no lamaçal das aflições, falemos do valor da religiosidade e saiamos de mãos dadas com eles em busca de Jesus, proporcionando-lhes novos caminhos e outras direções de vida.

Conhecendo chefes de famílias desempregados, sem conseguir o sustento de cada dia, no atendimento à rogativa básica dos filhinhos, busquemos estender-lhes o nosso amparo, ofertando roupas, calçados, comida e remédio, sem censura ou perguntas inoportunas, até que a situação se normalize.

Identificando o analfabetismo e a ausência de cultura em qualquer comunidade, montemos salas de aulas para difundir ensinamentos oportunos, pois não se poderá erigir uma sociedade, deixando na retaguarda criaturas na ignorância, sem o conhecimento da verdade que liberta, como informou Jesus.

Vislumbrando a orfandade a machucar corações infantis, projetando a esses “pequenos”, um caminho de amargura e tristezas, estudemos a possibilidade de ofertar-lhes um lar onde possam crescer sob a guarida do amor e da solidariedade.

Descobrindo redutos de violência, onde crianças, jovens e adultos se engalfinham em rusgas, querelas e agressividade, ofertemos noções de civilidade dando exemplos de sociabilização, entendimento e paz.

Percebendo a existência de lares onde reinam o desrespeito, infidelidade, despotismo e tirania entre os cônjuges, façamos chegar até eles a palavra de orientação e esclarecimento, e, não sendo possível, demos o nosso exemplo de dignidade e nobreza de caráter para que, observando, aprendam no tempo.

Em verdade, não somos melhores que ninguém, mas com um pouco de dedicação, solidariedade e amor temos plenas condições de movimentar muitos recursos em favor dos que sofrem, afastando os espinhos da dor que tantas lágrimas fazem brotar.

Conhecedores que somos do “amai-vos uns aos outros”, o que estamos fazendo em favor do próximo?

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