segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Gentileza

Você já ficou surpreso por que algum desconhecido foi gentil com você?

Muitas pessoas nem sentem, mas já se acostumaram com a falta
de gentileza...

E quando ela acontece, vira um evento.

As relações ficaram tão frias, que o normal é a secura, a
indiferença e até a hostilidade.

As pessoas parecem estar mais preparadas para se defender de
ofensas do que receber palavras doces e gestos de carinho.

A gentileza virou artigo de luxo, peça de antiquário...
Virou memória.

Tem gente que desconfia de homem muito gentil... Dizem logo que é gay.

Mulheres muito gentis são vistas como frescas ou falsas.

O mundo perdeu a referência de gentileza, de delicadeza.

Ser xingado no trânsito virou rotina. Ser destratado por quem
ganha para servir, é comum nos estabelecimentos.

A gente se depara com caras feias, impaciência e maus humores
o tempo todo. Até mesmo em casa...

Mas eu não me acostumo com isso, não!

Eu quero gentileza pra minha vida. E quero ser gentil também.

Quero ser tratada com respeito, com carinho...
Tratada como gente, que é exatamente o que a palavra
gentileza sugere...

Gentileza é coisa de gente!

A juventude já não acha necessário dar o lugar para os idosos
no ônibus, no metrô, nas filas.

Os homens já não praticam a delicadeza com o sexo oposto.

As mulheres, por sua vez, se emanciparam e dispensam o
cavalheirismo, porque acham que está fora de moda.

Eu quero gentileza, sim. De homens, de mulheres, de crianças,
de estranhos.

Quero o gesto sutil, o telefonema de agradecimento, o bilhete
de boas vindas, as flores, os bombons...

Eu quero um simples olhar de sinceridade, porque ser
verdadeiro é ser gentil também...

Eu quero a gentileza pela gentileza. Por menor que seja o gesto...

Ele faz bem, é necessário...
E essencial!

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