Carrego dentro de mim tanta dor
mal suporto me olhar no espelho
em minha face há tantas marcas
das feridas que levo no peito
Reflete minha imagem disforme
quase irreconhecível me tornei
cicatrizes que não desaparecem
e são tantas que já não sei
Meus dias são de horas infindáveis
o relógio parece que parou para mim
não mais quer contar meu tempo
como se já tivesse chegado meu fim
Sinto-me perdida num passado
de lembranças não sepultadas
entregue a solidão e a dor
neste presente morto, abandonada
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