segunda-feira, 22 de outubro de 2007

QUANTA TORTURA

Carrego dentro de mim tanta dor

mal suporto me olhar no espelho

em minha face há tantas marcas

das feridas que levo no peito



Reflete minha imagem disforme

quase irreconhecível me tornei

cicatrizes que não desaparecem

e são tantas que já não sei



Meus dias são de horas infindáveis

o relógio parece que parou para mim

não mais quer contar meu tempo

como se já tivesse chegado meu fim



Sinto-me perdida num passado

de lembranças não sepultadas

entregue a solidão e a dor

neste presente morto, abandonada

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