sábado, 1 de dezembro de 2007

A ESPERA

A espera é longa, os caminhos não se cruzam
o sol não dá sequer um sinal de presença
o grito sufocado se perde no silêncio da noite.

Chove no meu deserto, os pássaros voam longe
eu cá atada nas asas de um anjo sem coração
em revoadas que não chegam a lugar nenhum.

Será que ele sabe do meu caminhar?
Sabe que meus passos seguem suas pegadas?

Sabe ele, que o amor que sinto tem a beleza
do universo que existe num coração apaixonado?
Que as águas desse mar não se perdem na praia?

Será que ele sabe, que meus olhos brilham
feito dois oceanos em gotas de profunda felicidade,
águas que ele poderá banhar-se em alegrias
que serão somente dele?

Mas ele um dia saberá, da nossa historia sem fim.
Terei dias e noite inteiras para fazê-lo cansado
de ser olhado por mim
Então poderemos fitar-nos, tocar-nos e sentir-nos,
falar-nos e ouvir-nos porque será meu,
eu serei dele eternamente.

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