sábado, 1 de dezembro de 2007

Madrugadas

Sem rumo, percorro lentamente alamedas e ruas.
Os pensamentos vão ao encontro de tua imagem,
a lembrança de nossos diálogos, de nossa alegria, da comunhão de vidas que pareciam feitas gêmeas e nada poderia separar.
Hoje, ao caminhar na noite, atravessar a madrugada sentindo o sereno dos solitários, o frio da morte com as lagrimas na face paro frente ao grande oceano e grito por teu nome na esperança de olhar para trás e ver-te, abraçando-te e beijando-te, entregar-me de vez a você.
Mas quando viro nada vejo... as lagrimas se fazem, subo ao carro, olho para trás e lá está sua majestade, o mar, a dizer-me:
- Volte amanhã, quem sabe...
Assim continuo minha caminhada.
Agora, a volta para o castelo vazio, a cama antes quente com nossos corpos, tudo em compasso de espera eterno, afinal, tudo ao nosso redor conviveu com o amor... assim fomos felizes.
Hoje, me resta a lua, o oceano e logo vem o sol. Ele me fará ter esperança nas madrugadas frias ou em dias quentes, haverá de surgir meu anjo picante.

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